ÍSIS SEM VÉU
H.P.Blavatsky
Compilação: Mário J.B. Oliveira


A OITAVA ESFERA, O HADES ALEGÓRICO. (L. 2. pág. 60).

Mesmo os ocultistas ocidentais modernos a negam, embora seja universalmente aceita nos países orientais. Quando, por meio dos vícios, de crimes medonhos e das paixões animais, um espírito desencarnado cai na oitava esfera - o Hades alegórico, e o Gehenna da Bíblia -, a mais próxima da nossa Terra, ele pode, com o auxílio do vislumbre de razão e de consciência que lhe restou, arrepender-se; isto quer dizer que ele, exercendo o resto de seu poder de vontade, esforçar-se por se elevar e, como um homem que se afoga, voltar uma vez mais à superfície. Nos Oráculos caldaicos de Zoroastro encontramos este, que diz, como advertência à Humanidade:

"Não olheis para baixo, pois um precipício existe abaixo da Terra

Que se estende por uma descida de SETE degraus, sob os quais

Está o trono da horrenda necessidade".

Uma ardente aspiração para se libertar dos seus males, um desejo bastante pronunciado hão de levá-lo uma vez mais à atmosfera da Terra. Aí ele vagueará e sofrerá mais ou menos uma solidão dolorosa. Os seus instintos hão de fazê-lo procurar com avidez o estabelecimento de contato com pessoas vivas. (...) Esses espíritos são os invisíveis, mas muito tangíveis, vampiros magnéticos; os demônios subjetivos tão bem conhecidos dos estáticos medievais, monjas e monges, e das "feiticeiras" tornadas tão famosas pelos The Witches' Hammer; e de determinados clarividentes sensitivos, segundo as suas próprias confissões. Eles são os demônios sangüinários de Porfírio, as larvas e as lêmures dos antigos; os instrumentos diabólicos que enviaram tantas vítimas desafortunadas e fracas para a roda dentada e para a morte na fogueira. Orígenes afirma que todos os demônios que possuíram os endemoniados mencionados no Novo Testamento são "espíritos" humanos. É porque Moisés sabia tão bem o que eles eram, e quão terríveis eram as conseqüências para as pessoas fracas que se submetiam às suas influencias, que ele editou a lei cruel e sanguinária contra as pretensas "feiticeiras"; mas Jesus, pelo de amor divino pela Humanidade, curou-as em vez de as matar. Mais tarde, o nosso clero, pretendendo ser o modelo dos princípios cristãos, segui a lei de Moisés e ignorou completamente a lei d'Aquele a quem chamavam seu "Deus Vivo", queimando dezenas de milhares dessas pretensas "feiticeiras".







Loja Teosófica Virtual São Paulo © 1996-99