ÍSIS SEM VÉU
H.P.Blavatsky
Compilação: Mário J.B. Oliveira


OS ESPÍRITOS DA NATUREZA. (L. 2. pág. 36).

Embora os espiritistas procurem desacreditá-los tanto quanto possível, esses espíritos da Natureza são realidades. Se os gnomos, silfos, salamandras e ondinas dos Rosa-cruzes existiram em seus dias, eles devem existir agora.

Os cristãos chamam-nos "demônios", "diabinhos de Satã" e outros nomes igualmente característicos. Eles não são nada do gênero, mas simplesmente criaturas de matéria etérea, irresponsáveis, nem bons nem maus, a não ser quando influenciados por uma inteligência superior. É realmente extraordinário ouvir os devotos católicos injuriarem e desfigurarem os espíritos da Natureza, quando uma de suas maiores autoridades, Clemente de Alexandria, deles se serviu, descrevendo tais criaturas como elas realmente são. Clemente, que foi talvez tanto um teurgista quanto um neoplatônico, e que se apoiava portanto em boas autoridades, assinala que é absurdo chamá-los de demônios, pois eles não passam de anjos inferiores, "cujos poderes residem nos elementos, movem os ventos e distribuem as chuvas e como tais são os agentes e sujeitos de Deus" Origines, que antes de se tornar um cristão pertenceu também à escola platônica, é da mesma opinião. Porfírio descreve esses demônios mais cuidadosamente do que qualquer outro.

Quando a possível natureza das inteligências manifestantes, que a ciência acredita ser uma "força psíquica", e os espiritualistas acreditam ser os espíritos análogos dos mortos, for mais bem-conhecida, os acadêmicos e os crentes voltar-se-ão aos antigos filósofos em busca de informação.







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