ÍSIS SEM VÉU
H.P.Blavatsky
Compilação: Mário J.B. Oliveira


A RAZÃO, UMA FACULDADE DE NOSSO CÉREBRO FÍSICO. (L. 2. pág. 20).

Sendo a razão uma faculdade de nosso cérebro físico, faculdade que é justamente definida como a de deduzir inferências de premissas, e sendo totalmente dependente da evidência de outros sentidos, não pode ser uma qualidade diretamente pertinente ao nosso espírito divino. Este espírito sabe - portanto, que todo raciocínio que implica discussão e argumento seria inútil. Assim, uma entidade, se deve ser considerada como uma emanação direta do eterno Espírito da Sabedoria, só pode selo dotado dos mesmos atributos que a essência ou o todo de que faz parte. Portanto, é como um certo grau de lógica que os antigos teurgistas sustentavam que a parte racional da alma do homem (espírito) nunca entra inteiramente no corpo do homem, mas apenas o cobre mais ou menos com a sua sombra através da alma irracional ou astral, que serve como um agente intermediário, ou como um médium entre espírito e corpo. O homem que conquistou a matéria o suficiente para suavizar a luz direta que emana de seu Augoeides (O Augoeides é a radiação luminosa divina do Ego, que, quando encarnado, não é mais do que sua sombra pura. E, entre os neoplatônicos parece significar o "corpo astral".) brilhante sente a Verdade intuitivamente; ele não pode errar em seu julgamento, não obstante todos os sofisma sugeridos pela fria razão, pois está ILUMINADO. Portanto, a profecia, a perfeição e a chamada inspiração Divina são simplesmente os efeitos dessa iluminação proveniente do alto e causada pelo nosso próprio espírito imortal.

Os grandes sábios da Antigüidade, os da época medieval, e os autores místicos de nossos tempos modernos também foram todos hermetistas. Quer a luz da verdade os tenha iluminado graças à sua faculdade de intuição, quer como uma correspondência do estudo e da iniciação regular, virtualmente, eles aceitaram o método e seguiram o caminho traçado para eles por homens como Moisés, Gautama Buddha e Jesus. A Verdade, simbolizada por alguns alquimistas como bálsamo do céu, desceu em seus corações, e todos a colheram nos picos das montanhas, depois de estenderem panos IMACULADOS de linho para recebê-la; e assim, num sentido, eles obtiveram, cada um para si, e em seu próprio caminho, o solvente universal. O véu, que cobria o rosto de Moisés, quando, depois de descer do Sinais, ele ensinava ao seu povo a Palavra de Deus, não pode ser recolhido apenas pela vontade do Mestre. É preciso que os discípulos também removam o véu que "está sobre seus corações". Paulo di-lo; e suas palavras dirigidas aos Corintos (II Corínt., III,14,16.) podem aplicar-se a todo homem e mulher, e em todas as épocas da história do mundo. Se "suas mentes se tornaram obscurecidas" pelas túnicas brilhantes da verdade divina, que o véu hermético seja retirado ou não do rosto do mestre, ele não pode ser retirado de seus corações, a menos que "eles se convertam ao Senhor". Mas esta última designação não deve ser aplicada a uma ou a outra das três pessoas antropomorfizadas na Trindade, mas ao "Senhor", - o Senhor, que é Vida e HOMEM.







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