ÍSIS SEM VÉU
H.P.Blavatsky
Compilação: Mário J.B. Oliveira


 

A INDESTRUTIBILIDADE DA MATÉRIA (L. 1 pág. 295)

A descoberta da indestrutibilidade da matéria e a da correlação de forças, especialmente a última, são proclamadas como um de nossos grandes triunfos. É a "mais importante descoberta do presente século", como expressou Sir William Armstrong em sua oração como presidente da Associação Britânica. Mas esta "importante descoberta" não é em suma uma descoberta. Sua origem, deixando de lado os traços inegáveis encontrados nos filósofos antigos, perde-se nas densas trevas dos dias pré-históricos. Seus primeiros vestígio descobrem-se nas especulações sonhadoras da teologia védica, na doutrina da emanação e da absorção, do Nirvana, em suma. Scoto Erígena esboçou-a em sua audaciosa filosofia do século VIII, e convidamos o leitor a ler sua De divisione naturae, para convencer-se desta verdade. A Ciência diz-nos que quando a teoria da indestrutibilidade da matéria (entre parênteses, uma antiquíssima idéia de Demócrito) foi demostrada, tornou-se necessário estendê-la à força. Nenhuma partícula material pode jamais perder-se; nenhuma parcela de força que existe na Natureza pode desaparecer; portanto, a força mostrou-se igualmente indestrutível, e suas várias manifestações ou forças, sob diversos aspectos, revelaram ser mutuamente conversíveis, e apenas modos diferentes de movimento das partículas materiais. E assim se redescobriu a correlação de forças. O Sr. Grove, já em 1824, deu a cada uma dessas forças, como calor, eletricidade, magnetismo e luz, o caráter de conversibilidade, tronando-as capazes de ser num instante uma causa e no próximo um efeito. Mas de onde vêm estas forças e para onde vão, quando as perdemos de vista? Sobre este ponto, a Ciência cala-se.







Loja Teosófica Virtual São Paulo © 1996-99